terça-feira, 4 de novembro de 2008



Não foi o bastante...

Tudo que tinha a te ofertar
O que me era mais caro
Tudo que queria compartilhar
Que eu sabia ser mais raro
Tudo que poderíamos somar
Que nos seria extraordinário

Não foi o bastante...

Tudo que joguei fora
Tudo que deixei ir embora
Tudo que me faz falta agora
Nossas cores, nossos cheiros
Nosso espaço, nossa hora
Nossa trilha sonora

Borrões sem tom e sem forma
A plástica indiferença inodora
Gritos dissonantes ecoando na alma
No vazio onde um dia, tudo retorna

Tudo não foi o bastante?

Os olhos rasos no descaso
Coração de espinhos coroado
Os lábios secos em fel afogados

O ontem nos deixou o ocaso,
Ou o tempo chegou com absurdo atraso?

E nada mais será o bastante!

Temos uma história por acontecer
E um ponto final é a primeira coisa a fazer...


Celso

8 comentários:

Anônimo disse...

Huaua!!

Anônimo disse...

Olha que lindo;


Criança nasce poeta
De alma irrequieta,
Maravilhosa e dotada
De epiderme rosada.

Faz versos em gu, gu, gá, gá
Que dizem tanto de lá,
Do mundo que era seu lar
Antes de ela encarnar.

O riso é estupenda sinfonia,
Um canto, uma ode à alegria.
Tem a leveza das libélulas
Impregnada nas células.

Dorme plácida, sorrindo.
Há um anjo invisível vindo,
Da morada de Deus no espaço,
Para guiar seus primeiros passos.

Fadas madrinhas a ninarão.
Suas noites os elfos alumiarão
Com um facho de luz irial
Ao som de um sino de cristal.

Sentada sob o luar pálido,
Ou correndo sob o sol cálido,
Seus sonhos passam velozes
Numa frota de cascas de nozes

Levando imensos batalhões
De gigantes, gnomos e anões,
Pelo mar da tenra infância,
Nesta fase de suma importância.

Seu amor não se desvirtua,
Tanto faz gente, cão ou cacatua.
Olhar a Lua cheia é tão bom,
Lembra-lhe um grande bombom.

E neste mundo de delírio,
Pura como um lírio,
Nasce uma criança princesa
Com a lanterna da esperança acesa.




bjussss



Karen

Anônimo disse...

Ninguém merece tudo.

Jacinta Dantas disse...

Amores que vão, amores que vêm. É o ciclo da vida. Quando se chega ao ponto final - que bom - do final não passa. Abre-se a página para começar a escrever outra história. É lindo, como lindas são suas palavras.
Um abraço e obrigada pela presença lá no florescer.

Anna disse...

Retribuindo a visita... seu blog é de muito bom gosto, adorei suas postagens ! Lindas !

Bjus ! Lágrimas e Chuva !!!

Zélia disse...

Já estou por aqui! Toda idéia em espalhar poesia é perfeita. Em "cores, letras e notas" fica muito melhor e agradável...

Obrigada pela visita!
Nos veremos, então!

Zélia :)

Letícia disse...

Ponto final pode ser o início. Tem gente que começa a vida pelo zero que não deixa de ser um ponto final. Belo poema de amor indo embora e voltando, Celso. Gostei do poema e das imagens que usa no blog. Voltarei sempre que puder.

Letícia

Claudia Venegas disse...

è como tem dessas partidas!
tem dessas esperas longas, estendidas...
risos