
Esse quadro é um trabalho antigo, na época da Galeria Vitória, grandes amigos...
Afrodite
Tua beleza perfeita em luz
Poema sem palavras
qualquer descrição é indiscrição inaudível, inútil
profanar o silencio que se impõe
o êxtase ante o clímax
o torpor consumado
vasos vazios na entrega
milhões de flores vermelhas
circulam, flutuam, explodem!
Liturgia divina que ofertas
Mensageiro alado me criva de setas
Entrego o pomo dourado
Prisioneiro em tua morada
Escravo por opção e desejo
Guardião zeloso do teu templo sagrado
Minha oferenda pulsa e queima
No peito aberto sobre a pedra
Abri teus portais
Câmaras secretas
Labirintos de perdição e prazer
Amante de insaciável apetite
Dominação do amor que em mim reside
Existe incondicional
Oh! Deusa do Amor imortal
Divinal Afrodite!
Celso